Lendo um artigo de Observatório da Imprensa - aliás, um dos melhores veículos de comunicação que, pelo nome, pode-se ter uma idéia de seus propósitos - me deparei com essa matéria falando desse grandioso e curioso programa de televisão que invade nossas casas diariamente.
Entre muitas coisas, o artigo compara a casa à laboratórios para hamsters, zoos, busca pela fama (ou queda ao anonimato), falsas idéias, falta de cérebros, erotismo, preconceito, grana e cama. A gente já sabe disso. Até a Capricho já escreveu sobre isso. As crianças já aprenderam sobre erotismo e já soletram: B-I-A-L.
Aliás, sobre o apresentador, vejam o que o artigo nos fala:
"No conjunto, são dois anos e meio falando de prêmio de dinheiro graúdo. R$ 500 mil, R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão. E também de anjo, monstro, liderança, paredão, eliminação. E tome Pedro Bial pontificando, filosofando, misturando superego, mito do herói, arquétipo e inconsciente coletivo, Brecht e Paulo Coelho, Maiakovski e Paulo Leminski, Renato Russo e Bob Dylan, arrematando tudo com a manjada moral da história extraída possivelmente dos contos da lavra dos irmãos Grimm".
Legal, não?
Entre muitas coisas, o artigo compara a casa à laboratórios para hamsters, zoos, busca pela fama (ou queda ao anonimato), falsas idéias, falta de cérebros, erotismo, preconceito, grana e cama. A gente já sabe disso. Até a Capricho já escreveu sobre isso. As crianças já aprenderam sobre erotismo e já soletram: B-I-A-L.
Aliás, sobre o apresentador, vejam o que o artigo nos fala:
"No conjunto, são dois anos e meio falando de prêmio de dinheiro graúdo. R$ 500 mil, R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão. E também de anjo, monstro, liderança, paredão, eliminação. E tome Pedro Bial pontificando, filosofando, misturando superego, mito do herói, arquétipo e inconsciente coletivo, Brecht e Paulo Coelho, Maiakovski e Paulo Leminski, Renato Russo e Bob Dylan, arrematando tudo com a manjada moral da história extraída possivelmente dos contos da lavra dos irmãos Grimm".
Legal, não?
Mas, a parte mais interessante é o NEGÓCIO. Vejam isso:
"Nesta décima edição houve recorde de votos para eliminação de um participante: 92 milhões. Pausa para alguns rápidos cálculos. Neste paredão recorde, caso 100% dos votos tenha sido transmitido por ligação telefônica, podemos calcular que as ligações renderam R$ 27,6 milhões – considerando o preço da ligação a R$ 0,30.
Agora... sim, sempre tem um agora. Agora, vamos imaginar que a Rede Globo tenha feito um contrato "50% por 50%", ou melhor, "meio a meio" com uma operadora de telefonia. Então, nesse único paredão a emissora carioca teria embolsado nada desprezíveis R$ 13,8 milhões. Toda essa dinheirama em um único paredão. Acontece que em três meses a quantidade de paredões varia de 14 a 16. Portanto, seguindo certa mentalidade de nossos meios de comunicação, ante tamanho volume de dinheiro, algum desses empresários pensaria duas vezes antes de riscar de sua grade conteúdos que favoreçam a cultura e cidadania do povo brasileiro?".
Parou prá pensar no esquema?!
Resumindo, apoiar um NEGÓCIO desse, seja assistindo, torcendo pelos hamsters e, o pior, LIGANDO para a Globo, é patrocinar as empresas que não pensam em nada mais do que no lucro e que, certamente, não ligam a mínima para você e para o que você pensa (agora, contei uma novidade!).
Quer dizer, se esse é teu programa diário, se esse é o que te faz sentar e assistir amarradão, e te faz querer ir para cama imaginando ser um Brother, meu brother, acho que pensar não é muito o teu forte...
Para matéria na íntegra, clique aqui.
Nota: o título dessas minhas Desinteressantes Palavras foi tirado da matéria de autoria de Washington Araújo, publicada no Observatório da Imprensa.
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