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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Guizado - Cavalera (2010)

Discos nacionais me fazem a cabeça, ultimamente. E esse é um dos grandes lançamentos do ano, neste país.
Segue resenha do disco. É justamente isso que quero dizer.

"Toda a aura festiva e o colorido que envolve a celebração mexicana de seus antepassados permeia o novo álbum de Guizado, não por acaso, batizado de Calavera, caveira em espanhol. Num plano imaginário, o que se propõe é preencher as ruas da cidade com música e sonho, a fim de redefinir o cotidiano. Nesse sentido, o trompetista, que lança seu segundo trabalho em estúdio, exalta a cidade e a teia de relações que a ela imprime sentido.

Musicalmente falando, Calavera continua exposto às mesmas influencias e conceitos do trabalho anterior (Punx), ou seja, aquilo que define a identidade do Guizado: o rock que se apropria de recursos da música eletrônica e da liberdade de improvisação do Jazz. Então, a diferença entre os dois registros sonoros está no tempo dedicado a cada obra. No segundo disco, gravado nos estúdios da Trama, Guilherme conta que pode imprimir mais informações que aos poucos foi descobrindo, relembrando e pesquisando. “No primeiro álbum, o desafio foi reproduzir em estúdio a energia de apresentações ao vivo”.

As 13 faixas de Calavera são compostas de arranjos que passeiam por diversas fontes. Guilherme buscou estruturas melódicas orientais dos Bálcãs do leste europeu, dos Mouros e dos hispânicos. O hip-hop, o tecnobrega e, claro, o rock estão presentes. Arranjos orquestrais de Henri Mancini, Herb Albert e Tihuana Brass também foram referencias. Contudo, o principal traço de diferença deste trabalho é, sem dúvida, a voz. A cena alternativa paulistana conheceu o Guizado através do trompete, sem incursões vocais; apenas texturas e colagens davam colorido ao som. Agora, a voz chega como um instrumento a mais no grupo. “Tivemos o cuidado de tratar a voz de diversas maneiras, usando muitos efeitos e sobreposições para criar climas e atmosferas onde a voz ficasse quase que como uma névoa em meio à massa sonora instrumental”.

As faixas “Skatephaser” e “Girando” contam com Céu e Karina Buhr, respectivamente. “Emanação dos sonhos” é uma composição em parceria com Maurício Takara e ao engenheiro de som Bernardo Pacheco foi dada a co-produção das faixas “Calavera” e “Girando”. Isso porque a tecnologia presente no estúdio foi tratada com uma ferramenta a mais no processo de criação.

Calavera começou de forma singular. O trompetista passava tardes sozinho, elaborando as bases eletrônicas, samples, gravando sintetizadores e editando tudo para depois, dar forma, ainda que embrionária, às músicas. O passo seguinte foi gravar os instrumentos. Muitas músicas acabaram nascendo durante o processo de gravação.

O resultado celebra a vida e a criação, tanto nas letras como nos arranjos instrumentais de todo o disco. “O ritmo forte das batidas nos acorda para a realidade do dia a dia, o pé no chão que é preciso para se manter em sintonia com a vida que pulsa e nos cobra atitudes”.

Para baixar o torrent: http://sombarato.org/node/1379
ou

http://albumvirtual.trama.uol.com.br/lancamentos

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