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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Labirinto - Etéreo EP (2009)



Com o seu som experimental repleto de texturas, a banda capitaneada por Erick Cruxen (guitarra) e Muriel Curi (bateria) não deve nada para os artistas de vanguarda com os quais costuma se apresentar no exterior, como Syndrome, Kokomo e Stephen O’Malley – com quem tocaram no Dunk!festival, na Bélgica, o maior evento de pós-rock do mundo, em 2013 – e nem para o Mogwai ou Godspeed You! Black Emperor, duas das principais referências do grupo.
Dito isto, é natural que o Labirinto, que está completando dez anos de estrada, tenha construído uma sólida carreira no exterior, com turnês muito bem-sucedidas na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá. Agora o grupo está dando o próximo passo rumo à globalização. No mês de junho de 2013, a banda lança um novo disco, Labirinto split thisquietarmy”, lançamento conjunto da banda paulistana com o inovador projeto do guitarrista canadense de drone e dark ambient Eric Quach, que já se apresentou com eles em Montreal e na Europa. O lançamento é fruto da parceria entre o selo americano Pirate Ship Records, o belga ConSouling Sounds e o brasileiro Dissenso Records, dos próprios Erick e Muriel.
Depois de quatro EPs, participações em coletâneas e do ambicioso álbum Anatema (2010), o Labirinto eleva ainda mais os padrões da sua música imagética e esteticamente apurada. O grupo levou dois meses para gravar as suas três faixas que compõem o split: “Tahrir”, “Diluvium” e “11 Palmos”. Em uma única faixa foram sobrepostas até 50 camadas de textura sonora, o que deixou de cabelos em pé o produtor e engenheiro de som escocês Tony Doogan (que assinou discos de Belle and Sebastian, Dirty Pretty Things, Teenage Fanclub e Mogwai, entre outros) na hora de fazer a mixagem no seu estúdio, em Glasgow.
O som do Labirinto é feito sob medida para apresentações em teatros, em meio a projeções de imagens compiladas sistematicamente por Muriel, o que aumenta ainda mais o caráter climático da músicas, sequenciadas como se fossem uma trilha-sonora. Ao vivo, a banda conta com sete músicos: Erick Cruxen, Rafael Zenorini e Luis Naressi nas guitarras e sintetizadores; Muriel Curi na bateria; Ricardo Pereira no contrabaixo e convidados executando as partes de violoncelo e percussão. Diante desta pequena orquestra experimental, o espectador é envolvido por sensações climáticas e devaneios lisérgicos que dispensam a utilização de aditivos. Boa viagem.
 01 Arcabuz
02 Temporis
03 Silêncio Póstumo

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